Guia Santa Catarina - Jaraguá do Sul

   
 

Geografia
População
História
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Geografia
















Localização
Situada na latitude 26o 29’ 10’’ Sul e na longitude 49o 04’ 00’’ Oeste de Greenwich, Jaraguá do Sul fica na Região Nordeste do Estado de Santa Catarina. Com 539 Km², faz limite com Campo Alegre e São Bento do Sul ao norte, com Blumenau, Massaranduba, Pomerode e Rio dos Cedros ao sul, com Guaramirim, Joinville e Schroeder ao leste e com Corupá ao oeste.

Morros
Cercada pela cadeia da Serra do Mar, a cidade está protegida por morros de vegetação nativa preservada.
O mais alto deles é o Morro da Palha, com 1.176m de altitude. Localizado na região do Manso, abriga várias propriedades particulares.
O destaque da cidade é o Morro Boa Vista, com 926m de altitude, e a ótima pista para vôo livre que foi sede para eventos nacionais.

Vegetação
Com cerca de 60% do município localizado a menos de 200m de altitude, a vegetação original das planícies foi derrubada para dar lugar à produção rural. Atualmente, a vegetação é constituída basicamente de restinga, nascida principalmente nos últimos 30 anos

Clima
O clima de Jaraguá do Sul é subtropical úmido, com verão quente. Entre os meses de julho a agosto adquiri as características de clima temperado, podendo chegar a 5 ºC. A temperatura média na cidade é de 22 ºC, sendo a mínima 2 ºC e a máxima 40 ºC. A precipitação pluviométrica média anual é de 2.000mm.

Bacia Hidrográfica
O município está inserido na Bacia do Rio Itapocu. Os seus principais afluentes são os rios Jaraguá e Itapocuzinho. Além deles, cerca de duzentos rios, riachos e ribeirões compõem a malha hidrográfica da região.

 


População
 
 

População
O censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE pontuou que Jaraguá do Sul possui 108.489 habitantes, sendo 50,41% homens e 49,59% mulheres. Ainda segundo o IBGE, a taxa média de crescimento da população no município entre 1991 e 1996 foi de 3,87%. Em pesquisa realizada na cidade em novembro de 2001, constatou-se que 43% da população é de descendentes de alemães e 24% de descendentes de italianos. O restante divide-se em descendentes de poloneses, húngaros, africanos e miscigenados.

Além da grande quantidade de loiros de olhos claros, a cidade possui uma excelente qualidade de vida. De acordo com o atlas de Desenvolvimento Humano 2000 , produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - Pnud, a cidade é a 9ª colocada em Santa Catarina e 32ª colocado no País, com um IDH-M de 0,85 num índice que varia entre 0 e 1. O cálculo do IDH-M leva em conta o taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade, a taxa bruta de freqüência à escola, a esperança de vida ao nascer e a renda municipal per capita. O alto índice atingido pela cidade é compreendido ao saber que 97,35% dos adultos são afalbetizados, 90,94% das crianças estão na escola e que a expectativa de vida é de 74 anos.



História
 
 

Os primeiros habitantes
O interior do Estado de Santa Catarina foi habitado pelos grupos indígenas Xokleng e Kaingang, ambos do grupo lingüístico Jê ou Tapuia. Por estarem relativamente protegidos pela distância do litoral, foram preservados do extermínio liderado pelos colonizadores portugueses, o qual dizimou os grupos Carijó do litoral catarinense.

A alimentação dos índios no interior era à base caça e coleta de pinhão. Alguns grupos também praticavam a agricultura, plantando principalmente milho e aipim. Nas vestes, usavam os tecidos trançados de fibra de urtiga feitos pelas mulheres. As mulheres também trabalhavam o barro e moldavam potes para o uso diário. Na caça e na guerra, usavam arcos, flechas e lanças com ponta de bambu ou osso, geralmente com veneno na ponta.

Com a colonizaçãao do interior catarinense a partir da segunda metade do século XIX, os grupos indígenas foram pouco a pouco perdendo seu espaço. Além de serem afugentados pelos europeus, as tribos brigavam entre si pelo pouco de caça que sobrava. Com o passar do tempo e a diminuição gradativa da alimentação, foi inevitável o choque direto com as colônias. Foi então que o governo e os próprios colonos começaram a pagar Tropas de Bugreiros.

Constituídas por cerca de uma dezena de homens fortemente armados, as tropas seguiam as trilhas dos índios até chegarem aos acampamentos. Lá, esperavam o dia amanhecer e dizimavam a tribo. A crueldade desses abates chocaram moradores tanto da província quanto do país, que saíram em defesa das tribos. A maneira encontrada para minorar esse choque era promover a pacificação dos selvagens.

As tentativas de pacificação ocorreram a partir de 1907, mas apenas em 1912, com a criação de uma reserva em uma área de 30 mil hectares nos arredores de Ibirama , é que ações objetivas nesse sentido foram tomadas. No entanto, essa aproximação resultou no aculturamento dos índios Xokleng e no extermínio em decorrência das doenças dos branco.

A fundação
As terras onde hoje está localizada a cidade de Jaraguá do Sul foram dadas, juntamente com outra porção do norte catarinense, ao conde d´Eu como dote pelos seu casamento com a princesa Isabel, filha de dom Pedro II. O conde então solicitou ao seu amigo Emílio Carlos Jourdan, engenheiro e coronel honorário do Exército Brasileiro, que demarcasse o local.

Encantado com a beleza da terra, Emílio Carlos Jourdan requereu a posse de de uma parte dela, onde fez uma plantação de cana e construiu um engenho. Como o rio e o morro Jaraguá já eram conhecidos, Jourdan nomeou suas terras de “Estabelecimento Jaraguá”. Embora não se saiba a data certa em que isso aconteceu, foi decidido o dia 25 de julho de 1876 como data da fundação da cidade.

Por essa época, a região fazia parte de São Francisco do Sul e, posteriormente, a Paraty, conhecida atualmente como Araquari. Com a emancipação de Paraty, Jaraguá passou a ser posse de Joinville, sendo reanexada a Paraty. Em 1898, já com um Distrito Policial, um Distrito de Paz e uma Intendência Distrital, voltou a fazer parte de Joinville, agora como 2º Distrito.

Em 1934, o Decreto nº 565 de 26 de março elevou o distrito à categoria de Município. Os limites incluíam o território do atual município de Corupá desmembrado 24 anos depois.

Como em Goiás existia uma cidade mais antiga com o nome de Jaraguá, o Decreto-Lei estadual nº 941 de 31 de dezembro de 1943 modificou o nome da cidade para Jaraguá do Sul.

A colonização
Alguns fatos colaboraram para a colonização européia em Santa Catarina no século XIX. Entre eles, a forte campanha abolicionista, que fez com que o Governo Imperial desse preferência à mão de obra livre branca em detrimento à escrava negra.

Um nome de destaque foi o de Johan Jacob Sturz. Tendo sido Cônsul Geral do Imperial Governo Brasileiro na Prússia, Sturz estava bem informado sobre os desajustes sociais vigentes na Europa e na possibilidade de imigração alemã para a América. Assim, foi nomeado como representande do Brasil na Prússia para levar a cabo o projeto de a mão de obra escrava no País.

O próximo passo foi dado em 1850 pelo Presidente da Província, João José Coutinho, ao aprovar a Sociedade Colonizadora de Hamburgo, que já tinha adquirido 8 léguas na colônia Dona Francisca, atual Joinville. Ali foram assentados os colonizadores alemães, polacos e suíços que deram origem à cidade. Destes, alguns polacos e muitos alemães compraram lotes em Jaraguá do Sul, vendidos pelo próprio Emílio Carlos Jourdan.

Jaraguá do Sul também recebeu famílias húngaras e italianas que entraram no País via Rio Grande do Sul o os 54 escravos que vieram para trabalhar com Emílío Carlos Jourdan deram origem à comunidade negra da cidade.



Economia
 
 

Importante pólo industrial de Santa Catarina, Jaraguá do Sul tem a história econômica intimamente ligada às raízes de seus colonizadores.

Os primeiros imigrantes a chegarem na cidade no final do século XIX eram, na maioria, camponeses europeus sem dinheiro ou terra. Ao encontrarem solo fértil, construíram uma comunidade baseada no extrativismo e na agricultura. O excedente da produção propiciou o desenvolvimento do comércio na região por meio do escambo.

Como produtos beneficiados valiam mais que os brutos, surgiram aos poucos os alambiques, as queijarias, as olarias e as fábricas de banha e salames. Com um maior valor agregado foi possível a troca de dinheiro e o posterior investimento em fábricas familiares.

Com a chegada da Ferrovia no início do século XX, Jaraguá do Sul passou a ter ligação direta ao porto de São Francisco do Sul e à cidade paranaense de Rio Negro.

A possibilidade de escoamento de produtos foi fundamental para o desenvolvimento da cidade. Na década de 30 surgiu a primeira fábrica têxtil da cidade, hoje considerada a Capital Nacional da Malha.

 

 


Casa do Colonizador

Vista Aérea

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